TUDO SOBRE GOLFINHOS

18-05-2009 13:22

 

Golfinho

Os golfinhos ou delfins são animais mamíferos cetáceos pertencentes à família Delphinidae. São perfeitamente adaptados para viver no ambiente aquático, existem 37 espécies conhecidas de golfinhos, dentre os de água salgada e água doce. A espécie mais comum é a Delphinus delphis.

São nadadores privilegiados, às vezes, saltam até cinco metros acima da água, podem nadar a uma velocidade de até 40 km/h e mergulhar a grandes profundidades. Sua alimentação consiste basicamente de peixes e lulas. Podem viver de 25 a 30 anos e dão à luz a um filhote de cada vez. Vivem em grupos, são animais sociáveis, tanto entre eles, como com outros animais e os seres humanos.

Sua excelente inteligência é motivo de muitos estudos por parte dos cientistas. Em cativeiro é possível treiná-los para executarem grande variedade de tarefas, algumas de grande complexidade. São extremamente brincalhões, pois nenhum animal, exceto o homem, tem uma variedade tão grande de comportamentos que não estejam diretamente ligados às atividades biológicas básicas, como alimentação e reprodução. Possuem o extraordinário sentido de ecolocalização ou biosonar ou ainda orientação por ecos, que utilizam para nadar por entre obstáculos ou para caçar suas presas.

 

Habitat

O habitat de 33 espécies de golfinho é na água salgada, perto da costa ou no mar aberto. Porém 5 espécies vivem em rios e lagos, como o Boto da Amazônia. Alguns, de água doce, vivem no encontro da água doce com a salgada.

Golfinho
Golfinhos e sua treinadora no Aquário do Zoológico de Barcelona

 

 

Predadores

Os predadores dos golfinhos são os tubarões e o ser humano. Os pescadores de atuns, costumam procurar por golfinhos, que também os caçam, ocasião em que ocorre um mutualismo. O golfinho encontra o cardume e os pescadores jogam as redes aprisionando os peixes e deixam os golfinhos se alimentarem para depois puxarem as redes.

Desse modo, ambas as espécies se beneficiam do alimento. Porém muitas vezes os golfinhos acabam se enroscando nas redes, podendo morrer.

Alimentação

Os golfinhos são caçadores e alimentam-se principalmente de peixes e lulas, mas alguns preferem moluscos e camarão. Muitos deles caçam em grupo e procuram os grandes cardumes de peixes.

Cada espécie de peixe tem um ciclo anual de movimentos, e os golfinhos acompanham esses cardumes e por vezes parecem saber onde interceptá-los, provavelmente conseguem estas informações pela excreções químicas dos peixes, presentes na urina e as fezes.

 

 

Ecolocalização

O golfinho possui o extraordinário sentido da ecolocalização, trata-se de um sistema acústico que lhe permite obter informações sobre outros animais e o ambiente, pois consegue produzir sons de alta freqüência ou ultra-sônicos, na faixa de 150 kHz, sob a forma de “clicks” ou estalidos. Esses sons são gerados pelo ar inspirado e expirado através de um órgão existente no alto da cabeça, os sacos nasais ou aéreos. Os sons provavelmente são controlados, amplificados e enviados à frente através de uma ampola cheia de óleo situada na nuca ou testa, o Melão, que dirige as ondas sonoras em feixe à frente, para o ambiente aquático. Esse ambiente favorece muito esse sentido, pois o som se propaga na água cinco vezes mais rápido do que no ar. A freqüência desses estalidos é mais alta que a dos sons usados para comunicações e é diferente para cada espécie.

Quando o som atinge um objeto ou presa, parte é refletida de volta na forma de eco e é captado por um grande órgão adiposo ou tecido especial no seu maxilar inferior ou mandíbula, sendo os sons transmitidos ao ouvido interno ou médio e daí para o cérebro. Grande parte do cérebro está envolvida no processamento e na interpretação dessas informações acústicas geradas pela ecolocalização.

Assim que o eco é recebido, o golfinho gera outro estalido. Quanto mais perto está do objeto que examina, mais rápido é o eco e com mais freqüência os estalidos são emitidos. O lapso temporal entre os estalidos permite ao golfinho identificar a distância que o separa do objeto ou presa em movimento. Pela continuidade deste processo, o golfinho consegue seguí-los, sendo capaz de o fazer num ambiente com ruídos, de assobiar e ecoar ao mesmo tempo e pode ecoar diferentes objetos simultaneamente.

A ecolocalização dos golfinhos, além de permitir saber a distancia do objeto e se o mesmo está em movimento ou não, permite saber a textura, a densidade e o tamanho do objeto ou presa. Esses fatores tornam a ecolocalização do golfinho muito superior a qualquer sonar eletrônico inventado pelo ser humano.

Golfinho-de-Hector                                       Golfinho-do-crepúsculo
Golfinho-de-Hector (Cephalorhynchus hectori)                                  Golfinho-do-crepúsculo (Lagenorhynchus obscurus)

Delfim-comum                                          Golfinho-Roaz
Delfim-comum (Delphinus delphis)                                                               Golfinho-roaz (Tursiops truncatus)


 

Golfinho-pintado-pantropical
Golfinho-pintado-pantropical (Stenella attenuata)

 

 

Géneros e espécies

Alguns membros da família dos golfinhos são designados popularmente como baleia ou boto; por outro lado, há golfinhos que não pertencem à família Delphinhodae, como por exemplo o golfinho do Ganges.

Cephalorhynchus

Golfinho-de-Commerson, Cephalorhynchus commersonii
Golfinho-chileno, Cephalorhynchus eutropia
Golfinho-de-Heaviside, Cephalorhynchus heavisidii
Golfinho-de-Hector, Cephalorhynchus hectori

Steno

Golfinho-de-dentes-rugosos, Steno bredanensis

Sousa

Golfinho-corcunda-do-Atlântico, Sousa teuszii
Golfinho-corcunda-do-Índico, Sousa plumbea
Golfinho-corcunda-do-Indopacífico, Sousa chinensis

Sotalia

Boto-cinza, Sotalia fluviatilis

Tursiops

Gofinho-roaz, Tursiops truncatus
Golfinho-flíper-comum, Tursiops aduncus

Stenella

Golfinho-pintado-pantropical, Stenella attenuata
Golfinho-pintado-do-atlântico, Stenella frontalis
Golfinho-rotador, Stenella longirostris
Golfinho-clímene, Stenella clymene
Golfinho-listrado, Stenella coeruleoalba

Delphinus

Delfim-comum, Delphinus delphis
Golfinho-comum-de-bico-longo, Delphinus capensis
Golfinho-comum-de-bico-muito-longo, Delphinus tropicalis
 

 

Evolução da Espécie

Conhecemos muito pouco sobre os fósseis de antigas espécies de Golfinhos, e o que se conhece é extremamente incerto. Supõe-se que há cerca de 50 milhões de anos atrás, uma espécie de gato pré-histórico "Mesonychidea", começou a passar mais tempo na água à procura de alimento, e que eventualmente se transformou para melhor se adaptar a esse novo meio ambiente.

O regresso à água, trouxe benefícios significantes para os carnívoros terrestres.

Os animais marinhos eram uma nova fonte de alimento inexplorada. Mesmo assim, demorou ainda milhões de anos até que os primeiros cetáceos aparecessem nos oceanos. Os primeiros cetáceos foram provavelmente os "Protocetidea", há cerca de 40-50 milhões de anos atrás. Tudo o que conhecemos acerca destes pioneiros cetáceos é que possuíam algumas características reconhecíveis da sua espécie.

O seu estilo de vida seria, provavelmente anfíbio e não completamente aquático. Há cerca de 40 milhões de anos atrás, surgiu o "Dorudontinae", que eram muito similares aos Golfinhos. Entre 24 e 34 milhões de anos atrás, surgiram dois grupos "Odontoceti" e "Mysticeti". Entre os primitivos Odontoceti o "Suqalodontae" era o mais parecido com os Golfinhos modernos, e foi provavelmente deste grupo que derivaram os Golfinhos. Mas havia ainda um aspecto primitivo que os distinguia bem dos atuais Golfinhos: os dentes.

Nos primitivos Odontoceti, os dentes eram quase todos diferentes, enquanto que nos atuais Golfinhos, os dentes são praticamente iguais. Há cerca de 24 milhões de anos atrás, uma família bastante diversa denominada de "Kentriodontidae" apareceu nos oceanos Atlântico e Pacífico. E é desta família que nasceu a super-família "Delphinoidea", cerca de 10 milhões de anos depois.


 

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